sábado, 30 de dezembro de 2006
the end (reprise)
quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
the end
empty spaces dicas: "Mutantes ao Vivo - Barbican Theatre, Londres" (2006)
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
My Dear Jo-Jo..
Jolie, de 31 anos, disse que, durante as filmagens de "Sr. e Sra. Smith", em 2003 e 2004, os dois astros perceberam que partilhavam "um laço emocional profundo", apesar de Aniston ser claramente, na época, a melhor amiga de Pitt.
"Por causa do filme, acabamos fazendo todas aquelas loucuras e acho que descobrimos essa estranha amizade e cumplicidade, que aconteceram repentinamente."
Jolie disse que continuou "muito, muito amiga" de Pitt depois de fazer o filme, sem comentar sobre a natureza do relacionamento. Pitt, de 42 anos, e Aniston, de 37 anos, romperam no começo de 2005.
"E então a vida continuou de uma maneira em que podíamos ficar juntos, e pareceu algo que podíamos fazer, que devíamos fazer", afirmou.
Jolie disse que não planeja casar-se com Pitt, mas que eles se comprometeram a criar seus três filhos. Jolie adotou seu filho Maddox no Camboja, em 2002, quando era casada com o ator Billy Bob Thornton, e sua filha Zahara na Etiópia, em 2005. Esse ano, ela deu à luz sua filha Shiloh.
"Nós dois fomos casados antes, de maneira que não é o casamento que necessariamente mantém as pessoas juntas. Estamos legalmente unidos a nossos filhos, não um ao outro, e acho que isso é o mais importante", declarou Jolie, cujo novo filme, "O Bom Pastor", será lançado este mês nos EUA.
A atriz, que está trabalhando no filme "A Mighty Heart" (coração valoroso), em que faz o papel da esposa do jornalista norte-americano Daniel Pearl, admitiu já ter vivido de maneira perigosa. Mas, segundo ela, tudo mudou depois de ela ter filhos.
"Sou comprometida com a vida. Acho mesmo que, antes do meu filho, eu era um pouco niilista", afirmou Jolie. "Começo a conseguir me ver com 50 anos, com os filhos se formando no ensino médio."
por Belinda Goldsmith
fonte: Reuters - link (newsbox.msn.com.br)
"pai, eu quero falar com você.."
domingo, 10 de dezembro de 2006
um dia na lavanderia
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
um dia no inferno
Segunda-feira (passada), eu saio do meu trabalho às 17:00h. E o que acontece? Desaba um temporal. Bom, tudo bem, faz parte da vida. Dou um tempo, passo no banco (pra zerar meu saldo, vocês devem imaginar o preço do ingresso), e aproveito pra comer alguma coisa num McDonalds ali perto. A chuva não passa, óbvio. Dei uns 15 minutos e encarei o aguaceiro.
sábado, 2 de dezembro de 2006
tiro ao álvaro
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
zonas de baixa pressão atmosférica

O mais legal é que fiquei com aquela sensação de cheiro de ozônio no ar. Daqueles momentos pré-tempestades que dão ao mesmo tempo a agradável e temerosa sensação de bem estar na alma. Ou quem sabe, nada mais que um belo momento de "nóia alexandrina".
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
momento ombudsman
para os que tiram São Paulo para dançar..
Por exemplo, o gasto total com combustível dos ônibus foi 30% maior em 2006 com relação a 2005. O custo subiu de R$ 44 milhões no ano passado para R$ 57 milhões neste ano. Entretanto, o preço do litro do óleo diesel, utilizado nos ônibus, subiu apenas 13% neste mesmo intervalo, o que daria um custo bem menor do que o gasto apresentado pela prefeitura.
Não há justificativa, de acordo com o vereador Antônio Donato, para a diferença de valores. “Só posso supor que há uma distorção”, diz ele. Para Donato, existem “interesses escusos” por trás desse suposto superfaturamento.
A depreciação dos veículos utilizados para o transporte, que acumulou R$ 41 milhões neste ano, é outro valor com suspeita de ter sido superfaturado. O custo é 51% maior do que o medido em 2005. Já a variação real do preço de cada ônibus cresceu 19%, bem abaixo da depreciação total. Comparando os dados, Donato indaga: “Uma alta depreciação indica que a renovação [da frota de ônibus] foi alta? Quantos veículos ingressaram no sistema de transporte público para que a variação de custo seja tão alta?”.
“Esses dados, na verdade, antecipam o investimento que a prefeitura quer fazer em 2007, para a renovação de 3 mil ônibus”, diz o vereador Donato, que explica que a conta será paga pelos passageiros. Quem sairá lucrando são as empresas concessionárias, cuja obrigação contratual de renovar a frota será “subsidiada” com o aumento das passagens. “O prefeito Gilberto Kassab também quer garantir sua própria reeleição em 2008”, afirma Donato.
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
entra na fila!..

Os chimpanzés machos preferem copular com fêmeas mais velhas, afirma um grupo de cientistas americanos em artigo publicado nesta terça-feira (21) na revista "Current Biology".
A equipe do antropólogo Martin Muller, da Universidade de Boston, baseia suas conclusões na análise dos chimpanzés na floresta de Kibale (Uganda).
Os autores do estudo admitem que os motivos dessa preferência ainda são difíceis de estabelecer.
"Considerando o fato que homem e chimpanzé evoluíram a partir de um antecessor comum, a preferência masculina por fêmeas mais jovens é considerada um comportamento alternativo", afirma Muller.
Sexualidade dos chimpanzés - Uma fêmea do chimpanzé alcança a maturidade sexual aos 10 anos, manifestando neste estágio uma protuberância rosa em torno dos genitais. Durante o cio, o globo rosa aumenta de tamanho, excitando os machos.
Cada macho pode, em princípio, reproduzir com qualquer uma das fêmeas --que copulam com até seis companheiros sucessivos, durante 15 ou 20 segundos cada um dos chimpanzés, colocados em fila indiana.
Nesta competição, a única oportunidade para um macho ser "pai" reside na quantidade de espermatozóides produzidos durante estes rápidos encontros. (Folha Online)
fonte: ambientebrasil
foto: http://www.delo.si/images/
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
home alone (the best of)
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
procura-se

foto: http://galerias2.lne.es/
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
vida de solteiro
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
pára-raios
empty spaces dicas: "The Fool on the Hill" (1967)
Day after day alone on the hill,
The man with the foolish grin is keeping perfectly still,
But nobody wants to know him,
They can see that he's just a fool,
And he never gives an answer,
But the fool on the hill
Sees the sun going down,
And the eyes in his head,
See the world spinning around.
Well on his way his head in a cloud,
The man of a thousand voices talking percetly loud
But nobody ever hears him,
Or the sound he appears to make,
And he never seems to notice,
But the fool on the hill . . .
Nobody seems to like him
They can tell what he wants to do.
And he never shows his feelings,
But the fool on the hill . . .
("The Fool on the Hill" - J.Lennon/P.McCartney)
Canção singela alocada na segunda faixa do álbum beatle "Magical Mystery Tour", de 1967. Álbum levemente renegado, mas uma verdadeira pérola da música pop.
Bom, todo mundo tem (ou pensa que tem) uma música favorita. Aquela canção que nos personaliza em forma de melodia. A minha é essa.
Toques leves e solitários no piano, uma letra introspectiva, que discorre sobre os sentimentos e pensamentos de um homem fechado em si mesmo. Uma montanha, um olhar distante, o sol. São sempre as imagens que vem a minha cabeça. E que já vinham muito antes de eu conhecer o clipe da música.
Não sei porque sempre quando escuto ela lembro do início da minha adolescência. Do tempo quando comecei a me interessar por música, e talvez o começo de uma busca em entender quem realmente sou eu (mesmo que inconscientemente).
O tempo passa, e essa música sempre ganha um significado novo pra mim, ao mesmo tempo que mantém aquele sentimento essencial de quando a ouvi pela primeira vez.
No meu repertório auditivo, é uma canção especial. Talvez por sintetizar de uma forma lírica e melodicamente bela aquela simplicidade de visão de mundo que, cedo ou tarde, nós descobrimos que é essencial para levar uma vida autêntica.
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
Desciclopédia
Uma espécie especial de gatinhos (pequenos, peludos e fofinhos) é criada em milhares de fazendas espalhadas pelo Brasil (que é o principal produtor e exportador). Os gatinhos têm seus pêlos escrotais retirados com uma pinça, um a um. (existem alguns que preferem cheirar os felinos inteiros também) Os pêlos são então lavados, secos e prensados em forma de tijolos de mais ou menos 1Kg. Para uso, utiliza-se uma parte do tijolo, que é colocada em papel de fumo e enrolada. Para fechar corretamente o cigarrinho, deve-se utilizar saliva, também conhecida como cuspe. Após, acende-se o cigarrinho e fuma-se tranquilamente, tomando o cuidado para não ser pego pela polícia (que com certeza vai querer uma tragada!).
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
apenas um "eco-texto-chatinho"..
JOSÉ AUGUSTO PÁDUA ESPECIAL PARA A FOLHA
A ciência descobre, a tecnologia executa, o homem obedece." As palavras escritas no portal da Feira Mundial de Chicago, em 1933, sintetizam a postura submissa que ainda caracteriza a relação de importantes setores da opinião pública contemporânea com as inovações tecnológicas.
JOSÉ AUGUSTO PÁDUA é professor do departamento de história da Universidade Federal do RJ e autor de "Um Sopro de Destruição".
fonte: FSP (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2910200612.htm)
terça-feira, 17 de outubro de 2006
A arte de descongelar geladeira
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
hasta la (windows) vista, baby..
domingo, 8 de outubro de 2006
scrapbook man

Nem sei porque estou escrevendo aqui, estou morrendo de sono. Devia ter ido pra cama, mas precisava comentar sobre isso.
Estava esses dias pensando sobre como eu não consigo mais organizar o meu dia-dia sem ficar fazendo pequenas anotações em bilhetes ou bloco de notas. É bizarro.
Quando chega o fim de noite, como agora, invariavelmente eu pego o bloco de notas e começo a anotar tudo o que eu vou fazer no dia seguinte, ou pelo menos as coisas mais importantes.
Compras no mercado na volta do trabalho, contas pra pagar, e até coisas que eu tenho que fazer aqui no micro. Fica tudo meticulosamente anotado para depois ser riscado impiedosamente quando a coisa literalmente sai do papel (ou da cabeça) e acontece. Essa foto aí emcima, que por acaso virou parte do layout do meu blog, é uma dessas anotações. Anotação de tempos mais radicais, quando ainda procurava emprego e tinha que organizar minha semana inteira nesse minúsculo pedaço de papel.
O fato é que virou rotina. E pior que virei um grande bloco de notas ambulante. Enfio todos os bilhetinhos que escrevo e vou deixando pelo apartamento no bolso da calça quando vou pro trabalho de manhã. A primeira coisa que faço quando saio da empresa é sacá-los do bolso e ir eliminando item por item.
Enfim, pode-se dizer que é natural esse tipo de atitude. Afinal, todo adulto normal tem uma série de coisas pra fazer no dia-dia e que precisam ser organizadas. Foi para isso que inventaram as agendas. Mas não sei, eu ando meio encucado com isso. Principalmente porque comecei com esse costume depois que me mudei para sampa e passei a morar sozinho. Dá uma sensação estranha de que, justamente ao contrário, você não consegue ter um controle sobre a própria rotina.
É provável que seja simplesmente um sinal inequívoco de que eu preciso comprar uma agenda. Mas isso eu não vou fazer. Eu odeio agendas. E também não sei explicar o porquê desse ódio.
Vou dormir.
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
"não sei..."
mother nature´s son (4)
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
peroba neles!
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
"the dark of the matinee is mine!..."

(Kapranos e platéia - www.estadao.com.br)
E não é papo de fã desmiolado da banda não. O Franz Ferdinand faz um tipo de show raro que poderíamos chamar de a essência do que uma apresentação de boa música pop deve ser. Ao mesmo tempo, não se propõe a revolucionar o mundo, mas também não deixa nem aceita que a música seja algo puramente descartável e pra diversão instantânea.
Eu sempre visualizei a banda como uma mistura sofisticada e explosiva do melhor do "crooner pop" Elvis Presley com a criatividade e descontração dos Beatles. Aliás, uma das minhas músicas favoritas deles, You´re the reason i´m leaving, parece uma junção perfeita desses dois ícones do rock and roll. Pena que não tocaram no show em SP.
Mas em resumo, eu lembro muita pouca coisa da apresentação em si. Como todos lá, estava sensivelmente extasiado e sem muito raciocínio lógico. Lembro dos cabelos da minha amiga Cris "lutando" contra a força da gravidade num vai e vem frenético de pulos dançantes na minha frente. Do Kapranos esguelando lá no telão os refrões de pérolas como The Dark of The Matinee, Michael, Outsiders, This Fire.. essas, na minha opinião, as melhores performances da noite.
A verdade é que celebrações como essa são de tal forma empaticamente bombásticas que fica difícil você fazer uma "análise". E eu também não apareci aqui hoje pra isso. A postagem é única e exclusivamente pra deixar registrado que o Franz Ferdinand é uma puta banda, e que eventos como esse tem uma singularidade que nos deixam eternamente agradecidos. Seja pela música, pelos amigos, ou pela junção mágica das duas coisas.
sábado, 9 de setembro de 2006
"Lime and limpid green the second scene..."

Eu fui na fé de que seria um show "na faixa", mas cheguei no local e descobri que teria que desembolsar R$10,00. Fiquei um tempo refletindo sobre a indagação "será que vale a pena?". Nunca tinha escutado essa banda antes, muito menos fazendo cover. Mas valeu, e muito.
Eu arriscaria dizer que foi o investimento de 10 pilas mais "rentável" que eu já fiz na minha vida. O show valeu os 10 e ainda sobrou. Fizeram uma apresentação extremamente fidedigna pra nenhum "floydmaníaco" botar defeito. Sem falar que o ambiente (local do show) dava um clima a parte, com a banda fazendo o show num mini-teatro que era meio como um "buraco" onde a platéia podia ver de cima. "Nerds" e afins se ajeitaram e curtiram 1 hora e 40 e poucos minutos de um rock and roll de altíssima qualidade.

sexta-feira, 8 de setembro de 2006
pensamentos no café da manhã
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
"Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás"
sexta-feira, 25 de agosto de 2006
uni-duni-tê..

(foto: Luiz Carlos Murauskas)
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
empty spaces dicas: "David Gilmour" (1978)
A postagem de hoje serve pra abrir uma série com sugestões, indicações, dicas de coisas que o editor desse humilde blog aprecia e que eventualmente serão expostas aqui para serem compartilhadas.
Bom, recentemente o guitarrista da banda Pink Floyd (esse sujeito aí decima) lançou um álbum solo chamado On an Island. O disco é interessante pra quem aprecia e é fã da sonoridade da citada banda, mas também é bem chatinho. Só não digo que é ruim mesmo porque tem algumas coisas interessantes ali no meio. No geral porém, o álbum é bem limitado.
Ao contrário, esse álbum da capa exposta logo acima é muito bom. Produto do mesmo guitarrista, foi lançado em 1978 no início do fim dos melhores tempos da banda londrina. É um disco bem simples, com músicas diretas, básicas, levemente melancólicas e melodiosas. Não traz nada de inovador (mesmo pra época), mas é delicioso de se escutar. Calcado no blues e num rock bem tradicional, é daqueles Cds que vc bota na vitrola e deixa rolar por inteiro, sem cansar.
Havia um bom tempo que ele estava escondido lá na minha coleção de CDs. Esses dias, "redescobri" o nosso amigo e voltei a escutá-lo vorazmente. Recomendo para tudo e para todos. Uma audição de qualidade, na minha modesta opinião. Não há nada mais aconchegante do que "conversar" com a guitarra melancólica e revoltada de "No way" a altas horas da noite.
Set List:
MIHALIS (David Gilmour) 5:48
THERE'S NO WAY OUT OF HERE (Ken Baker) 5:10
CRY FROM THE STREET (David Gilmour/Eric Stuart) 5:13
SO FAR AWAY (David Gilmour) 5:50
SHORT AND SWEET (David Gilmour/Roy Harper) 5:26
RAISE MY RENT (David Gilmour) 5:32
NO WAY (David Gilmour) 5:32
IT'S DEAFINITELY (David Gilmour) 4:27
I CAN'T BREATHE ANYMORE (David Gilmour) 3:08
* para uma compreensão mais completa da postagem clique no link seguinte : "deglutindo Gilmour".
terça-feira, 22 de agosto de 2006
mother nature´s son (3)

segunda-feira, 14 de agosto de 2006
sinais
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
lost in the refrigerator
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Roberto Carlos Matinal Corn Flakes (?)
segunda-feira, 31 de julho de 2006
mother nature´s son (2)
quarta-feira, 26 de julho de 2006
mother nature´s son
os dez mandamentos da nova reputação
Estava passeando pelo blog do Claudio Humberto quando vi o anúncio desse livro (Geração; SP). Não li, então não posso falar sobre o livro em si, do jornalista e escrito Mário Rosa (que eu não conheço) . Porém, essa lista de 10 mandamentos eu achei muito interessante, proveitosa, pertinente e realista. Fala sobre a questão da ética, moral, da visão do indivíduo em relação aos outros nos tempos tecno-estresso-amalucados-egocêntricos atuais. Vejamos:
2. Romperás com velhos condicionamentos. Fomos criados numa outra Era e somos chamados a interagir com uma realidade em que a lógica é diferente daquela que fomos treinados a entender. Por sermos a primeira geração a enfrentar esse desafio, carregamos condicionamentos ultrapassados em nossa forma de pensar, de avaliar os riscos e de nos posicionarmos diante da nova realidade que surgiu há pouco. Temos que adquirir novos condicionamentos e abandonar aqueles que não funcionam mais.
3. Viverás sempre em público. Deixamos nosso rastro eletrônico praticamente em todo lugar. Mesmo em casa, quando usamos o computador, estamos potencialmente expostos ao olhar de alguém, que pode rastrear nossos passos digitais. No banco, no telefone, na rua, em qualquer lugar temos de entender que todos somos pessoas públicas ou potencialmente públicas, independentemente de nossa posição social. Não existe mais o cidadão comum. Agora somos todos cidadãos incomuns.
4. Obedecerás a uma nova ética. Nova tecnologia significa nova ética, novos conflitos, novas formas de detectar velhas transgressões. Segredos antes invioláveis serão expostos à luz, concordemos ou não. Para evitar transtornos, a melhor atitude é adotar preventivamente uma nova forma de conduta. Não se trata mais de uma opção moralista. Trata-se de uma necessidade concorrencial: num mundo onde o olhar do público está superdemandado por tanta informação, confiar é algo muito mais perigoso e desconfiança é sinônimo de descarte.
5. Não mentirás. Esse é um dos mandamentos que sobreviveram de forma literal, entre aqueles “originais”. Com tantas formas de cruzar informações, com tantos registros que se tornam inevitáveis em nossa forma de viver digital, mentir significa abrir um flanco perigoso e expor-se a um enorme risco de contestação cabal. Há quem julgue ingênuo falar a verdade. Mas ingenuidade crescentemente vai ser imaginar que os outros são todos ingênuos.
6. Serás uma marca. Marcas deixaram de ser empresas. Passaram a ser pessoas. Todos somos marcas e devemos buscar construir um significado claro e positivo perante a percepção alheia. Essa nitidez é ainda mais crucial porque competimos hoje muito mais pela atenção do outro. Uma marca é a expressão de um conceito previamente definido na realidade. Ela fala ao coração; deve despertar um sentimento. E suas virtudes devem estar ligadas a um valor maior que transcenda apenas à qualidade ou à eficiência.
7. Serás mais transparente. A tecnologia decretará a morte de segredos que, no passado, até podiam passar incólumes. O melhor a fazer é se antecipar, porque do contrário quando esses fatos, dados ou atitudes vierem à luz poderão ser vistos como transgressão a normas, ainda mais num momento em que os valores éticos deverão estar em transformação. Será preciso também encontrar novas formas de despertar percepção sobre os compromissos com os valores mais corretos.
8. Não esquecerás o passado. Por vivermos num novo estágio do conhecimento humano e ter de incorporar uma nova forma de lidar com a realidade que se transformou, devemos evitar a tentação de agir como se a História estivesse começando agora. Carregamos muitos condicionamentos de tempos imemoriais e jogá-los fora não é o mais apropriado porque nem todos os condicionamentos antigos deverão ficar desativados. O desafio é encontrar um novo ponto de equilíbrio entre nosso pensar primitivo e o nosso pensar “ponto.com”.
9. Viverás em duas dimensões. Viveremos cada vez mais nossa realidade concreta, mas estaremos crescentemente também vivendo e interagindo com uma outra dimensão: a dimensão da informação em tempo real, que nos transporta para qualquer lugar. Estaremos mais próximos de fatos geograficamente distantes, ao mesmo tempo que distantes de fatos fisicamente ao lado de nós. Se estamos mais próximos dos outros, os outros também estão mais próximos de nós. Principalmente de nossos erros.
10. Aprenderás a ver e a se expor. Uma nova forma de ver implica uma forma nova de ser visto, numa nova forma de se expor. Isso significa que teremos de repensar nossos conceitos sobre exposição e também sobre não exposição. O que antes era de domínio privado pode ser um novo espaço público. Do mesmo modo, o que antes era público, mas nos parecia longe do olhar alheio, agora pode não ser mais. Há uma nova esfera pública na qual teremos de praticar uma nova forma de percepção. Uma nova forma de provocar a percepção nos outros. E uma nova forma de compreender a percepção em nós.