Feita a mudança, mas o estresse continua. Quando tudo parece que vai se acalmar e você vai conseguir sentar pra organizar sua vida, uma coisa chamada
Telefônica aparece pra encher o seu saco. A mídia gosta de caracterizar os agentes políticos de certos setores do governo lulista atual com a alcunha de "aloprados", mas os verdadeiros aloprados desse país, com "a" maiúsculo, são os seres humanos que compõe o corpo de funcionários dessa empresa de telecomunicações. Senão vejamos:
Empitê Espeices, um pacato cidadão, pagador de seus impostos e degustador inveterado de café, é consumidor do serviço de banda larga da referida companhia. Um dia, por motivos de, digamos, logística e saúde física, resolveu mudar-se de cidade e residência. Feita tal mudança,
Empitê entrou em contato com a citada nau de aloprados para proceder a uma simples alteração do local de prestação dos serviços, com a mudança da assinatura do serviço de banda larga da linha telefônica de uma cidade para a linha de outra.
Qual não foi o espanto do pobre
Empitê quando informado de que tal alteração não poderia mais ser feita, pois um certo órgão governamental chamado
ANATEL teria baixado uma resolução proibindo que tal tipo de transferência fosse realizada à partir do começo desse ano. Note-se:
1º) o senhor
Espeices contratou o serviço no final do ano passado, lembrando a telealoprada da central de atendimento da nau que nada sabia sobre tal alteração de procedimento, e que quando contratou o serviço foi informado por uma outra telealoprada que poderia, a qualquer momento, transferir o serviço para outra linha telefônica;
2º) em uma busca rápida no site da urgida agência regulatória,
Empitê não achou vestígio algum da existência de tal resolução citada pelo telefone - aliás, o idiota pediu à telealoprada o número da dita cuja para facilitar o trabalho, mas obteve como resposta um alopradíssimo "o senhor pode ter acesso a essas informações discando 10315-6-8"; (?)
Em condições normais de temperatura e pressão jurídicas, nosso caro amigo
Empitê poderia simplesmente cancelar o serviço, mas, como era de se esperar, estava lá a famosa "telefônica-alopradiana" cláusula de "fidelidade" de serviço por quebra de contrato. Isto é, no mundo virtual dos aloprados, se o idiota vier a cancelar o serviço, vai ser impelido a pagar uma multa, mesmo não querendo fazê-lo.
Resumindo a ópera, o nobre e idiota
Empitê entrou em um beco sem saída. Com uma única possível escapatória através da seguinte ultra-fatality-aloprada proposta:
Telealoprada: "a alternativa que eu posso dar pro senhor é que o senhor transfira a sua antiga linha pra nova localidade que o senhor vai morar, passando-a para o seu nome, e fazendo o mesmo no sentido inverso com a linha da cidade de onde o senhor vai morar, passando para o nome do proprietário da linha antiga."
Empitê: "mas eu posso manter os números dos telefones?"
Telealoprada: "só um minuto que eu vou me informar.. (musiquinha aloprada e alguns minutos depois) ..então senhor, infelizmente não, vai ser preciso gerar novos números para as linhas".
Desculpem, mas não tem jeito de terminar essa postagem de outra forma senão com um sonoro e bem audível:
puta que pariu!