quarta-feira, 29 de dezembro de 2004
the lunatic is on the grass..
recomendando: "Janela da alma" e um (bom) programa novo
segunda-feira, 27 de dezembro de 2004
quem te viu, quem te vê...
DO ENVIADO ESPECIAL
quinta-feira, 23 de dezembro de 2004
"rapidinhas" musicais..


("Plastic Fang" -Jon Spencer Blues Explosion- e "R" -Queens of the Stone Age-)
"Antes do verbo, era o silêncio"
Rubem Alves colunista da Folha
De todos os sentidos, o mais importante para a aprendizagem do amor, da vida em conjunto e da cidadania é a audição. Disse o escritor sagrado: "No princípio era o verbo". Eu acrescento: "Antes do verbo, era o silêncio". É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagarelar. Quem fala muito não ouve. Sabem disso os poetas, esses seres de fala mínima. Eles falam, sim -para ouvir as vozes do silêncio.
Rubem Alves, 71, que um menininho descreveu como "um homem que gosta de ipês amarelos", e um outro, como "um velhinho que conta estórias", relê bem devagar o "Livro do Desassossego", de Bernardo Soares (Fernando Pessoa), uma obra que nunca se termina de ler.www.rubemalves.com.br - (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/sinapse/sa2112200415.htm)
domingo, 19 de dezembro de 2004
Placebo no Brasil
(Brian Molko e sua trupe)
duas leis, duas polêmicas
( Do Sr. Eduardo Valverde)
Art.1º - Consideram-se trabalhadores da sexualidade toda pessoa adulta que com habitualidade e de forma livre, submete o próprio corpo para o sexo com terceiros, mediante remuneração previamente ajustada, podendo ou não laborar em favor de outrem.
Parágrafo Único: Para fins dessa lei, equiparam-se aos trabalhadores da sexualidade, aqueles que expõem o corpo, em caráter profissional, em locais ou em condições de provocar apelos eróticos, com objetivo de estimular a sexualidade de terceiros.
1 – A prostituta e o prostituto;
2 – A dançarina e o dançarino que prestam serviço nus, seminus ou em trajes sumários em boates, dancing’s, cabarés, casas de “strip-tease” prostíbulos e outros estabelecimentos similares onde o apelo explícito à sexualidade é preponderante para chamamento de clientela;
3 – A garçonete e o garçom ou outro profissional que presta serviço , em boates, dancing’s, cabarés, prostíbulos e outros estabelecimentos similares que tenham como atividade secundária ou predominante o apelo a sexualidade, como forma de atrair clientela;
4 – A atriz ou ator de filmes ou peças pornográficas exibidas em estabelecimentos específicos;
5 – A acompanhante ou acompanhante de serviços especiais de acompanhamento intimo e pessoal de clientes;
6 – Massagistas de estabelecimentos que tenham como finalidade principal o erotismo e o sexo;
7 – Gerente de casa de prostituição.
a – Poder expor o corpo, em local público aberto definido pela autoridade pública competente;
b – Ter acesso gratuito aos programas e ações de saúde pública preventiva de combate às doenças sexualmente transmissíveis;
c – Ter acesso gratuito aos esclarecimentos das autoridades de saúde pública sobre medidas preventivas de evitar as doenças socialmente previsíveis;
§2º - Os trabalhadores da sexualidade que trabalham por conta própria deveram apresentar a inscrição como segurado obrigatório junto ao INSS, no ato de requerimento do registro profissional.
§3º - Para a revalidação do registro profissional será obrigatório a apresentação da inscrição como segurado do INSS e do atestado de saúde sexual, emitido pela autoridade de saúde pública.
As opiniões acerca da prostituição são diversas, tanto na sociedade brasileira como em outros países, do mesmo modo como são variadas as concepções políticas em relação ao tema. Na Holanda, por exemplo, a prostituição é legalizada e ordenada juridicamente afim de adequá-la à realidade atual e de melhor controlá-la, impondo regras para sua pratica e penas aos abusos e transgreções.
Assumindo a premissa de que milhares de pessoas exercem a prostituição no Brasil, proponho este projeto com intuito de regulamentar a atividade, estabelecer e garantir os direitos destes trabalhadores, inclusive os previdenciários. Fica estabelecido ainda o acesso gratuito aos programas e ações de saúde pública preventiva de combate às doenças sexualmente transmissíveis, bem como à informação sobre medidas preventivas para evitá-las.
A prática da prostituição em território brasileiro passará a ter, entre outras exigências, a necessidade de registro profissional, a ser emitido pela Delegacia Regional do Trabalho e renovado anualmente. Esta e outras medidas previstas neste projeto de lei visam dotar os órgãos competentes de melhores condições para controlar o setor e, assim, conter os abusos.
EDUARDO VALVERDE Deputado Federal
(Do Senhor Alberto Fraga)
Art. 1º Fica extinto o pagamento de tarifas e taxas de consumo mínimas ou de assinatura básica, cobradas pelas concessionárias prestadoras de serviços de água, luz, gás, tv a cabo e telefonia, devendo o consumidor arcar apenas com o pagamento do efetivo consumo ou uso do produto ou serviço disponibilizado pela concessionária.
Parágrafo único: As concessionárias de que trata o caput somente poderão cobrar pelo serviço disponibilizado, aferido individualmente por cada consumidor, ficando impedidas da cobrança de tarifa, taxa mínima ou assinatura básica de qualquer natureza e a qualquer título.
A cobrança de assinatura básica e o pagamento de taxas mínimas de consumo são comuns nas empresas de telefonia, energia elétrica e de água entre outras que também disponibilizam produtos ao consumidor.
Ocorre que a cobrança da tarifa mínima, penaliza o consumidor que economiza na utilização do produto, mas paga pelo que não consome.
A cobrança da forma como é feita desequilibra ainda mais a relação empresa e consumidor, sendo esse severamente prejudicado. Tal fato atinge principalmente a parcela mais pobre da população e traz efeitos reflexos para a qualidade de vida de toda a família.
O valor corretamente cobrado, pela exata quantidade consumida não onera as empresas operadoras dos serviços, mas contribuirá para uma forma mais justa da cobrança das suas tarifas.
Já existe norma semelhante aprovada no Distrito Federal, com resultados que indicam a perfeita exequibilidade em todo o país.
Por entender que o presente dispositivo significará sensível e justo benefício para toda a sociedade, solicito o apoio dos nobres colegas parlamentares
terça-feira, 14 de dezembro de 2004
pequenos grandes momentos do meu cotidiano entediante..
(John Lennon - Imagine, o álbum)
Dei uma olhada geral em volta pra ver se outros interessados também o haviam localizado. No fundo, na minha frente, uma gordinha me fita nos olhos por alguns segundos.. e vai em direção ao CD. Eu não perdi tempo, saí na direção oposta, em alta velocidade. Ela também aumentou a velocidade... pensei: "não pode ser.. ela não tem cara de fã dos Beatles.."
Por sorte minha, ela parou duas "fileiras" antes e sacou um CD do Wando. Fiquei aliviado. Catei o dito cujo aí de cima (único exemplar) e parti pro caixa, mas no caminho fui refletindo: Alguma coisa está fora do lugar.. ou as lojas de varejo realmente pegaram pesado na queima de estoque ou as grandes pérolas da música pop estão perdendo o seu valor e sendo renegadas. Enfim, o descuido com a memória musical é maior do que eu imaginava.
Eu me recuso a aceitar que o melhor álbum solo de um ex-beatle e um dos clássicos da música pop tenha o mesmo valor que um sanduíche "Big Mac" do McDonalds. Isso não entra na minha cabeça. De duas uma: ou o sanduíche tá sobrevalorizado ou o CD tá hiperdesvalorizado.
Não tô fazendo apologia nem defendo CD caro. Porém, não vejo aí nenhuma política de preços baixos, mas sim um definhamento da boa memória musical.
sábado, 11 de dezembro de 2004
"jus postulandi"
quarta-feira, 8 de dezembro de 2004
spotless mind..

Assisti nesse final-de-semana passado.. muito bom! Acredito que o melhor papel que o Jim Carrey já fez.. roteiro bem feito.. segundo minha mãe, "maluco".. hehe.. Resumindo, a história de um pacato cidadão que resolve apagar da sua memória um relacionamento amoroso.. pra isso contrata uma empresa especializada no assunto. O problema é que no meio do processo, o rapaz desiste da idéia (no contrato, a empresa limparia as recordações numa noite de sono) e fica preso nas próprias memórias, sem poder acordar... tentando de alguma maneira reverter o processo e vendo suas memórias sendo deletadas uma a uma..
Já imaginou? que situação angustiante? Alguém apagando suas memórias e você tentando salvá-las? Não consigo imaginar tortura pior... hehehe.. (recomendo! ..já tem nas locadoras).
o arquivo morto II..
segunda-feira, 6 de dezembro de 2004
o arquivo morto..
nariz de palhaço, o retorno..
quinta-feira, 2 de dezembro de 2004
"Creative Commons"
JULIANO BARRETO FREE-LANCE PARA A FOLHA
Viola, minha viola...
domingo, 28 de novembro de 2004
coloque o seu nariz de palhaço tb..

Ontem fui no hipermercado que fica aqui perto de casa comprar um pote de sorvete pra aliviar o calor insuportável que fez nesse sábado. Bom, estava eu lá na fila do caixa, pensando na vida, tranqüilo, observando o povo, qndo passei um olhar rápido sobre aquelas bugigangas que eles colocam na boca do caixa pro forçar o babaca a levar mais alguma coisa além do previsto.
De repente, me deparo com a capa da revista Exame desta semana, com o senhor Edmar Cid Ferreira fazendo pose de galã, num terno impecável.. com um leve sorriso discreto no rosto. E coisas começaram a vir na cabeça: como que um senhor que acabou de colocar um banco sob intervenção federal posta-se numa situação dessas?.. totalmente sem constrangimentos... Eu não via outra coisa naquele olhar senão uma mistura de ironia com soberba.. no final, eu que acabei ficando constrangido com aquela capa. Comecei a enxergar um nariz de palhaço no meu rosto, mas fui embora.
sexta-feira, 26 de novembro de 2004
Verão
"gripe espanhola"? - ação/reação
25/11/2004 - OMS alerta que gripe do frango pode virar epidemia
A OMS - Organização Mundial da Saúde advertiu nesta quinta-feira (25) que a gripe do frango está prestes a se transformar em epidemia generalizada, que pode atingir 30% da população mundial. "Existem estudos que situam o número de mortes entre dois e sete milhões. E o total de pessoas afetadas, em milhões, já que de 25% a 30% cairão doentes", disse Klaus Stohr, coordenador do programa da OMS para o controle da gripe do frango.
fonte: (www.ambientebrasil.com.br)
segunda-feira, 22 de novembro de 2004
Dica 1: "Pink Floyd Live at Pompeii"

Setlist:
1- Echoes (parte I)
Dica 2: "Janela Secreta"

sexta-feira, 19 de novembro de 2004
Dois pesos, duas medidas..
quinta-feira, 18 de novembro de 2004
Negócios, Negócios..
O que me entristeceu na maneira fria e técnica com que o recente processo político eleitoral foi tratado foi que, nele, se reproduziu o que acontece com cada um de nós na vida comum e diária. Tudo não passa de uma questão de negócios. Já há algum tempo os negócios deixaram de ser um tema exclusivo das empresas e dos governos. Eles se tornaram nosso modo de vida cotidiano. Tudo o que pensamos, queremos, necessitamos, acreditamos e fazemos é moldado e arrumado dentro do esquema dos negócios. Casar, nos divertir, escolher o que estudar, que profissão seguir, rezar, fazer planos para o futuro, cuidar da sobrevivência, da velhice e da morte são coisas que só podem acontecer se nos adequarmos ao sistema dos negócios. Até mesmo a caridade, que poderia ser o contrário, se não se submeter a tal sistema não poderia ser praticada.O problema decorrente dessa situação não está propriamente nos negócios, mas no fato de ele ter se tornado a única maneira disponível para se lidar com a existência. É a parte tomando o lugar do todo. Uma questão de proporções. É a complexidade da existência limitada ao simples esquema de operações dos negócios.O esquema dos negócios é um jogo. Pressupõe metas, meios e estratégias para atingí-las, normas a serem cumpridas pelos jogadores, certos princípios (por exemplo: não roubar). A tática fundamental do jogo é a competição. O resultado é a vitória, o atingimento da meta prevista. O que motiva os jogadores é o prêmio que se ganha com a vitória: dinheiro, prestígio, fama... De modo geral, sempre algo tangível, externo, visível a todos, impessoal.Como se negocia é hoje como se vive. Competência, controle, liderança, influência, auto-confiança, entre outros, eram comportamentos e atitudes exigidas aos "homens de negócio", em "situações de negócio". Hoje, são esperados dos cidadãos comuns, nas situações mais comuns da vida familiar e social. Vivemos sob a pressão do desempenho e de ações previamente definidas. Conseqüentemente, sob a pressão de uma avaliação desse desempenho, que pode ser feita por qualquer um, e pela incumbência de vencer.Mas, só ganham o jogo os mais competentes e adaptados para se conduzir de acordo com suas regras. Nunca quem pensa haver outros meios para se chegar aos mesmos fins. Ou quem tenha outros fins. Nunca os mais virtuosos. De alguma maneira, as cartas já estão marcadas. Não é à toa que há tantas pessoas com sintomas crônicos de cansaço, estresse, baixa auto-estima, depressão e sentimento de inadequação. Elas não têm aptidão para esse tipo de jogo. Não é à toa que a violência cresce tanto, pois ela tem se mostrado o meio mais garantido de virar o jogo. E não é à toa que as empresas têm dificuldade em motivar empregados. O que todas as pessoas querem, porque são criaturas humanas, é o que está para além da limitação do seu papel de jogadores. Querem o reconhecimento de sua existência singular tal como elas são e não como elas têm que ser. Querem arriscar, experimentar, inovar. Poder contribui com suas próprias qualidades e o testemunho de seus virtuosismos. Não querem ser aplainadas e empobrecidas pelo previsível esquema dos negócios. Por trás do jogador há uma pessoa. Se seqüestrada de sua singularidade, ela murcha. Não se envolve, não colabora, não assume, não tem motivos...Nascemos como indivíduos únicos, exclusivos. Não somos coisas ou puros objetos. É nossa singularidade de ser e lidar com a vida que queremos reconhecida, testemunhada. Essa é a base de todo nosso existir e agir. Sem o reconhecimento dos outros, sem a compreensão do significado do que sou e faço, sem a percepção da minha contribuição para o mundo e para os outros, não há razão nem motivos para coisa alguma. Uma saída? Talvez muitas. Entre elas, revalorizar o humano sob o papel do jogador. E deixarmos a existência recuperar sua amplitude e diversidade.
DULCE CRITELLI, professora de filosofia da PUC-SP, é autora dos livros "Educação e Dominação Cultural" e "Analítica de Sentido" e coordenadora do Existentia - Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana; @> dulcecritelli@existentia.com.br
quarta-feira, 17 de novembro de 2004
Under Pressure
Feriado, final-de-semana alongado, reunião de família. É hora de fazer o balanço, traçar perspectivas.. enfim.. mais pressão.
Estive refletindo, e pior seria se ela não existisse. É natural. O que incomoda são certas atitudes e aquela perspectiva de que a visão do outro está deturpada. E pior, é ter que conversar com você mesmo e se sentir impotente, mesmo tendo uma potência latente explodindo dentro do seu crânio.
Vontade de buscar a autonomia e tomar as rédeas das próprias variáveis, e vendo o sistema todo te dizer não.. qndo não acontece de você per si negar as próprias iniciativas. De um lado a negação, do outro a pressão.. e você encurralado ali no meio. Às vezes surge aquela dor de cabeça do nada e você pensa: "Será que sou tão fraco assim?". Acredito que não. Meu ego não me deixa olhar por esse prisma, já notei isso. Ainda bem..
Como dizem os sábios orientais, é hora de respirar fundo e sentir o peso do vento no rosto. Hora de sacar a espada e cortar cabeças.. e depois se refugiar nos amigos (aqueles que estão sempre com um balde d´água e um pano na mão, para limpar as feridas). Não há outro caminho. Cedo ou tarde a engrenagem te espreme.. e com certeza vai doer.
Tenho no máximo um mês de estudo para afiar a espada e remoldar a armadura. Ganhei novas armas, o que ajuda, mas não ganha a batalha. A verdade é que o relógio anda disparando cada vez mais cedo, e isso é o que mais assusta. O pior de tudo é fingir que ele não estala. Dessa vez pelo menos eu não tapei os ouvidos.. um avanço.
O mais importante é não perder o controle. Ninguém consegue arrancar uma cabeça sem antes sentir a espada leve nas próprias mãos. Talvez seja esse o maior desafio.
domingo, 14 de novembro de 2004
"menino maluquinho" 1 x 0 blogger
sexta-feira, 12 de novembro de 2004
TIM Festival
Kraftwerk na apresentação do TIM Festival - 05/11/04 - foto: Carola González/Showlivre
Arafat
Agradecimento
quarta-feira, 10 de novembro de 2004
The Bravery of Being Out of Range
Você tem uma tendência natural