Desocupado há pouco mais de três meses pelo ex-reitor da Universidade de Brasília Timothy Mulholland, o apartamento então destinado para uso do reitor continua mobiliado com itens de luxo. A decoração do imóvel custou R$ 470 mil, segundo avaliação do Ministério Público, que diz que esse dinheiro deveria ter sido usado em pesquisa.
A compra dos artigos de decoração para o apartamento foi uma das razões que levaram o Ministério Público a mover ação de improbidade administrativa contra Mulholland e seu decano de finanças, Erico Weidle. Mulholland deixou a reitoria no mês passado, depois de alunos invadirem seu gabinete e ficarem na reitoria por duas semanas.
A Folha entrou no imóvel, ocupado por Mulholland por cerca de um ano, e encontrou os itens mais polêmicos da decoração estocados no quarto de empregada. Lá estão as três lixeiras que viraram símbolo do luxo (R$ 2.738, segundo o Ministério Público). O abridor de garrafas, de R$ 1.400, está no fundo de um armário.
No mesmo quarto estão quatro das cinco televisões de tela plana do apartamento -as quatro por R$ 11.599, segundo a Procuradoria. Elas estão embrulhadas numa colcha e dentro de uma caixa de papelão. Há marcas na parede e pontos de ligação das televisões nas três suítes e na copa. A quinta televisão está instalada no andar superior.
(...)
O apartamento tem 391 m2, divididos em dois pavimentos, sendo o segundo a cobertura. No primeiro, há três suítes, um escritório com banheiro, sala, cozinha e copa. O segundo é destinado ao lazer: área para home theatre, churrasqueira, sauna e uma jacuzzi.
A compra dos artigos de decoração para o apartamento foi uma das razões que levaram o Ministério Público a mover ação de improbidade administrativa contra Mulholland e seu decano de finanças, Erico Weidle. Mulholland deixou a reitoria no mês passado, depois de alunos invadirem seu gabinete e ficarem na reitoria por duas semanas.
A Folha entrou no imóvel, ocupado por Mulholland por cerca de um ano, e encontrou os itens mais polêmicos da decoração estocados no quarto de empregada. Lá estão as três lixeiras que viraram símbolo do luxo (R$ 2.738, segundo o Ministério Público). O abridor de garrafas, de R$ 1.400, está no fundo de um armário.
No mesmo quarto estão quatro das cinco televisões de tela plana do apartamento -as quatro por R$ 11.599, segundo a Procuradoria. Elas estão embrulhadas numa colcha e dentro de uma caixa de papelão. Há marcas na parede e pontos de ligação das televisões nas três suítes e na copa. A quinta televisão está instalada no andar superior.
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O apartamento tem 391 m2, divididos em dois pavimentos, sendo o segundo a cobertura. No primeiro, há três suítes, um escritório com banheiro, sala, cozinha e copa. O segundo é destinado ao lazer: área para home theatre, churrasqueira, sauna e uma jacuzzi.


Aqui em terras tupiniquins, desde os idos longínquos da nossa formação enquanto nação, o raciocínio é invertido. Entrar para os quadros dos servidores públicos da República é como que uma carta branca para acumular riqueza como se fosse um empresário.
Eu tenho uma certa teoria pra comigo mesmo que, junto com o quesito educação, quando essa lógica "boquinha" for riscada do nosso excêntrico quadro de justificações tropicais, a coisa vai andar e não vai sobrar pra ninguém. Talvez nós não nos tornemos o próximo Estados Unidos da América, mas seremos severamente invejados. Pena que não vou ver isso. E acho que nem meu hipotético filhote.
Mas o que vale é a indignação. Enquanto ela estiver presente, a esperança é realmente (no cliclê ou não) a última que morre.
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Justificação
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em epistemologia, justificação é um tipo de autorização a crer em alguma coisa. Quando o indivíduo acredita em alguma coisa verdadeira, e está justificado a crer, sua crença é conhecimento. Assim, a justificação é um elemento fundamental do conhecimento.
(...)
Uma maneira de explicar a justificação é: crença justificada é aquela que nós temos o direito epistêmico intelectual de defender. De acordo com o internalismo em epistemologia, de alguma maneira cada um de nós é responsável pelo que acredita. Cada um de nós tem uma responsabilidade intelectual ou obrigação de acreditar no que é verdadeiro e de evitar de acreditar no que é falso. Assim, a justificação é uma noção normativa. Isso significa que tem a ver com normas, direitos, responsabilidades, obrigações, e assim por diante. A definição padrão de normatividade é que um conceito é normativo se e somente se é um conceito dependente de normas, isto é, de obrigações e permissões (interpretadas muito amplamente) envolvidas na conduta humana. Aceita-se geralmente que o conceito da justificação é normativo, porque é definido como um conceito a respeito das normas acerca das crenças.
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Mulhollands - eu gostei disso, dá um belo nome de banda punk. Se eu tivesse uma.
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